terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A saga dos “TODOS ENCOSTADOS À PAREDE, JÁ!...” - capítulo 1/6

Capítulo 1/6
É tudo um mar de rosas!...

Não sei se foi a minha primeira grande (grande porque me levou para bem longe da escola) visita de estudo na Eça de Queirós (penso que foi), logo no meu primeiro ano de trabalho lá, no ano letivo 1989/90.
“Danadas” para fazer estas coisas eram a professora Cristina Kirkby e a professora Edite Esteves; havia mais, claro, mas a mim “calharam-me” estas, dávamos aulas às mesmas turmas.
Destino final da viagem: Santiago de Compostela. Quartel montado em Vila Nova de Cerveira, na pousada de juventude, no tempo ainda em que as pousadas tinham pais e mães.
À noite, a malta, jovem, puxava-lhes o desejo para a discoteca. Os professores, ou melhor, as professoras, “cortavam-se”… mas condescendiam, era da tradição, pois então!
Solução: muito bem, os alunos poderiam ir à discoteca desde que fosse um professor com eles. Passando à escolha, quem foi o muito “democraticamente” votado?... Claro!, o professor mais “puto”, ele tinha de começar a habituar-se a essas coisas. E se eu negasse, isso pouco abonaria a meu favor. Pronto, está bem, só me restava aceitar.
E lá fomos. Se não estou em erro, 29 alunos e dois professores, a colega Ana Aranha (penso eu) [Ajudem-me, meninos, a clarificar esta e outras coisinhas!] e eu.
Azar! A discoteca da povoação estava fechada. Pedimos informações a quem passava por ali, e um dos alunos recolheu a informação, que logo passou ao resto do grupo, que dali a alguns minutos de caminho havia outra discoteca, que estaria aberta. Mas se até mesmo de carro eram mesmo "alguns" minutos, a pé seriam, com toda a certeza, muitos minutos! Que fazer?...
Habituado andava cá o "je" a desenrascar-se com grupos de jovens. Atravessava eu uma época especialmente intensa de atividades da associação juvenil que dirigia, os Traquinas da Boa Vida, com o espírito sempre cheio de muita coisa para fazer e também sem praticamente nada ter de recursos (sobretudo financeiros) para fazer o que queria. Enfim, tempos… “criativos”!
Boleia! Uma g’anda boleia era a solução! Era uma povoação de província, na estrada passavam veículos de transporte de média e grande dimensão… Era isso!... Polegar esquerdo bem espetado no ar, todos ali bem perto de mim, não tardou a aparecer um senhor bem simpático, ao volante de uma carrinha de caixa aberta. De tamanho ideal. Sim, era perto, passava lá. Teríamos era de ir todos na carroçaria, os senhores professores iriam na cabine, à frente.
Vá, dizia o condutor, tivessem cuidado lá atrás, era pouco tempo, ele iria devagar. A pé ainda era um bocadinho longe, mas de carro eram 5 minutos. Subiu toda a gente, o motor da carrinha roncou, o pessoal defendeu-se da perda da inércia quando o veículo se pôs em movimento irregularmente acelerado e… ala, que a discoteca está já ali à nossa espera!...
(Continua... Capítulo 2: Chegámos à discoteca, mas a música foi outra...)

ATENÇÃO! LEIAM O PRIMEIRO COMENTÁRIO DESTE APONTAMENTO!

2 comentários:

Fernando Pinto disse...

Pessoal, era giro que não se limitassem a ler os capítulos desta saga. Percam um minuto, ou mesmo cinco, a deixarem, na forma de comentário, um registo das vossas lembranças desta... aventura! Já viram o livrinho que o relato desta ocorrência poderá dar? Um livrinho editado pela Eça, de autoria coletiva! Seria a primeira vez! Vá, força nesse teclado, a acrescentar memória!

Anónimo disse...

Confirma-se: era a "stôra" Ana Aranha (com quem - olha a coincidência - ainda muito recentemente recordei esta aventura).

Venham os próximos capítulos...

RS