quinta-feira, 2 de julho de 2009

A amizade, a raiva e os pregos

Muito se fala da Semana dos Amigos.
Mesmo que oficalmente não exista, vale a pena imaginar que sim.
Esta história tem a ver com a maneira como tratamos os nossos amigos.

Era uma vez...
... um garoto que tinha um temperamento muito ruim, muito intempestivo.
O pai desse garoto, sentindo preocupação pelo filho, deu-lhe um saco com pregos e disse-lhe que todas as vezes que ele perdesse a paciência com alguém, deveria martelar um prego atrás da casa, na cerca.
No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos na cerca. O pai disse-lhe que deveria tentar, a cada dia que passasse, pôr lá cada vez menos pregos. Em algumas semanas, à medida que ele ia aprendendo a controlar seu temperamento, o número de pregos martelados por dia reduziu-se significativamente. No fundo, o rapaz descobriu que era mais fácil controlar o seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca...
Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência com ninguém, nem uma única vez. Nesse dia, contente, correu para ao pé do pai a contar-lhe. O pai felicitou-o e deu-lhe outra sugestão: agora tiraria um prego por cada dia em que conseguisse controlar o seu temperamento.
Finalmente chegou o dia em que o garoto não tinha mais pregos para tirar da cerca, já os havia retirado todos. Então, o pai pegou-lhe carinhosamente na mão, levou-o até à cerca e disse-lhe:
- "Estiveste muito bem, meu filho, este tempo todo, desde que te mandei pôr aqui os pregos. Mas, agora, olha os buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma.
Quando a gente diz coisas com raiva, estas coisas deixam cicatrizes exactamente como estas. É como enfiar uma faca num homem e tirá-la a seguir. Não vai importar quantas vezes a gente peça desculpas, a marca da ferida vai continuar. Na verdade, um ferimento verbal é tão danoso quanto um ferimento físico.
Os amigos são jóias muitíssimo raras. Eles fazem-nos sorrir e dão-nos apoio para que tenhamos sucesso e as coisas nos corram bem. Eles escutam o que dizemos, elogiam o que fazemos, e têm o coração sempre aberto para nos receber.

Pedir desculpa já é bom, mas conseguir não magoar ainda é melhor."

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