O meu primo Aníbal Pinto de Castro, o primeiro livro que me ofereceu foi o "Bichos", de Miguel Torga, há cerca de 40 anos. Depois, muitos mais me ofereceu, e entre os autores todos, ajudou-me a ter um carinho muito especial pelo padre António Vieira, carinho esse que só tem crescido à medida que os anos passam.
Por isso foi com uma alegria muito grande que vi a formação da Natália e do Odlei, com a Associação Ubuntu, sob os auspícios do Instituto Padre António Vieira.
Ontem, cheguei à Horta, para cantar os parabéns à minha mãe, que completou uns lindos 83 anos.
Hoje, peguei num livro que comprei no ano passado na feira do Livro da Semana do Mar, aqui na cidade, sobre o padre António Vieira. Não pude encaixá-lo nas leituras dessas férias. Nas deste ano, dei-lhe prioridade.
Logo no prefácio encontrei escrito o seguinte, que reproduzo aqui em saudação muito especial ao dr. Rui Marques, e a todos os amigos açorianos:
Vieira também foi um incansável peregrino e padeceu terríveis percalços por mares e terras, o que só acrescentou valor à sua coragem. O pior naufrágio de Vieira aconteceu nos Açores, seguido de completa pilhagem de tudo: navio, carga, bagagens e até roupas da tripulação e dos passageiros: os corsários holandeses se locupletaram. Vieira e seus companheiros de viagem foram jogados na Ilha Graciosas, como Jonas em Níneve, assim relata a Bíblia e assim o lembra o pregador. No memorável Sermão que pregou nos Açores, Vieira mostrou que ninguém deve temer os riscos quando os objectivos são nobres: "Senhor, não vos dou graças por me livrardes do perigo, senão porque me meteste nele." Esta é a alma de um génio incansável, audacioso, destemido, generoso e até implacável, quando necessário. Esta é a alma dos vieirianos. (in Diário de Bordo, padre António Vieira, de António de Abreu Freire, pág. 2)
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