Calhou - em boa hora, diga-se de passagem! - ver e ouvir o programa do maestro António Vitorino de Almeida, na RTP2, há poucos minutos.
O maestro contou-nos mais uma história, verdadeira, para ser para nós mais um exemplo. Exemplo de uma vida a desenvolver-se, onde podemos ver a luta contra a pobreza, o valor dos pequenos nadas, a paixão pela arte, a força das convicções pessoais, o caminho duro da realização pessoal.
O protagonista da história é Franz Schubert, autor de uma preciosíssima Avé Maria, felizmente tão divulgada e tão conhecida.
O que eu não sabia...
- era que Schubert é comummente criticado por criar obras demasiadamente longas...
- era que Stravinsky confessou um dia que, por isso, adormecia sempre a meio da audição das obras de Schubert...
- era que logo houve quem se aproveitasse a confissão de Stravinsky para censurar, mais uma vez, Schubert...
- era que Stravinsky fez questão de esclarecer os seus interlocutores que sim, senhores, era verdade que adormecia a meio, mas que quando acordava percebia sempre que tinha estado a sonhar com o Paraíso...
- era que Schubert tinha tal falta de recursos para frequentar a escola (que era uma escola pobre, também) que, quando escrevia à família, pedia, muitas vezes, que lhe mandassem... uma maçã!...
- era que Schubert não tinha dinheiro para comprar folhas de música, por isso as fazia ele próprio, a partir do papel que tinha à mão...
- era que, aos 14 anos (!!!), Schubert compôs uma pequena obra a partir das leituras de Goethe, autor que ele "devorava". A pequena obra foi "O Rei dos Álamos", ainda hoje considerada uma obra-prima no seu género.
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